"A vida às vezes parece um convite a eternas vernissages
Cada uma nos atraindo com suas diferentes e nem sempre autênticas obras
Algumas podem ser inteligentes, glamourosas, filosóficas
Talvez com um toque vintage, moderno, contemporâneo
Outras, quem sabe, enfadonhas, pedantes, sem-noção
A escolha de qual visitá-las é nossa
Às vezes acertamos, às vezes não
Depende da visão que emprestamos para tudo
Eu gostaria de me surpreender um pouco mais na galeria de humanos
Ver mais pessoas pularem do imaginário para o real
E não o contrário, como é o que acontece na maioria das vezes
Cansada de esbarrar com quem desistiu da realidade para se disfarçar de figuras abstratas
Parecem tintas coladas em telas que não lhes pertencem
São como fôrmas de esculturas pretensiosas, mas que não passam de réplicas
Criam uma imagem de perfeição e superioridade para exibirem aos outros
No fundo não convencem nem a elas próprias
Que dirá a um merchant
E, sem perceber, tornam-se aberrações delas mesmas
Não, não quero mais assistir a esse tipo de exposição pseudo artística
Dispenso essas pinturas borradas, esculturas deformadas, instalações desinstaladas
Artistas frustrados, pessoas com discursos artísticos mas sem arte na alma"
By Elena Corrêa
Nenhum comentário:
Postar um comentário