"Sua vontade às vezes era botar para fora o que a sufocava
Vomitar verdades ocultas suas, disfarçadas de outras
Acabar de vez com essa tendência que sempre a perseguiu de clamar pela Justiça Divina
De esperar que, de repente, do nada, alguma luz vá se acender
E aquelas forças do mal saiam da sombra do bem
E se revelem, e se autodenunciem, e se auto entreguem
Por conta própria, por conta do acaso, ou por armadilhas perfeitamente planejadas
Provas concretas existem
Guardadas, protegidas
Com o aval de quem sabe do seu valor
Mas, por enquanto, vão continuar ocultas
Elas só reforçam o prazer de assistir de camarote à altivez dos incautos
Ver como se comportam como soberanos, superiores, imbatíveis
Quando não passam de bichos doidos, possuídos, sempre se sentindo ameaçados
Ah, mas é quando cai a ficha do quanto são infelizes
Por mais que façam questão de gargalhar e inconscientemente se difamar
A ânsia de regurgitar passa e a sensação que vem é de alívio
Para que dar pérolas a porcos?
Melhor deixar que se afoguem em seu próprio vômito"
By Elena Corrêa
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