domingo, 2 de setembro de 2012

Acima de sons, aromas, sabores, visões, sensações



Observar, analisar, apontar
Criticar, julgar, condenar

Quanto não será difícil estar do lado de lá?
Quanto não dói quando se está do lado de cá?

Delírios subjetivos de ordens ordenadas em mentes teoricamente corretas

Teorias corretamente criadas em momentos de devaneios

Conceitos mergulhados no inconsciente revelando-se em sonhos repetitivos
Alucinações que se repetem incessantemente como se não fizessem parte do real

Visões que voltam, e voltam, e voltam, e voltam...

Frases que não se decifram porque nada têm a dizer
Palavras que não se traduzem porque carecem de significado

Desejos morrendo engasgados em uma garganta seca, com um frescor de menta murcha
Cheiros se misturando e se equilibrando entre o bolor do mofo no tronco podre e a suavidade da aragem fria e suave na relva fresca

E o que se busca é aquilo que não se sabe onde está
Não se sabe que forma tem, não se sabe o que é  

É algo que está acima de todos os sons, aromas, sabores, visões, sensações  

Observar, o quê?
Analisar, para quê?
Apontar, quem?
Criticar, o quê?
Julgar, para quê?
Condenar, quem?

É o quanto é difícil estar do lado de lá
É o quanto dói quando se está do lado de cá



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