sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Todo do Tudo



"Às vezes, do nada, paro a pensar sobre o todo do tudo
Sei que não sou a única a fazer isso
Já se foi o tempo em que achava que era muito original nos meus pensamentos
No fundo, no fundo, somos todos muito parecidos em tudo
Principalmente nos pensamentos...
Mas é tão bom nos sentirmos exclusivos, não é?
Mesmo muitas vezes não sendo
É acreditando nesse direito de exclusividade que de vez em quando nos abrimos sem rodeios
E escancaramos ao mundo certos sentimentos até então timidamente ocultos
Como o quanto gostamos de ser acarinhados, protegidos, admirados
Confessamos o quanto algumas pessoas nos fazem falta
Pessoas que por livre vontade e às vezes até sem intenção deixaram suas marcas nas nossas vidas
São essas que realmente importam e merecem serem lembradas
Não aquelas que quando mais precisamos optaram por ficar à margem, à espreita
Essas, que preferem se esconder, querem ser esquecidas
Nada mais nos resta a não ser satisfazer a sua vontade
Mesmo assim, às vezes me pego pensando...
Será que elas têm consciência dessa escolha?
Ou estarão apenas tentando se proteger do julgamento alheio?
Não sei, não encontro respostas
Também não tenho direito e nem tempo de interferir em suas decisões
Cada um é responsável em recolher as pedras atiradas no seu próprio telhado
E consertar as suas próprias goteiras
Antes que o todo do tudo acabe virando nada"


By Elena Corrêa


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