“Ao conhecer aquela pessoa, a primeira sensação foi de admiração
Sua sensibilidade artística precoce era surpreendente
Sua inteligência e bagagem cultural eram indiscutíveis
Mas sua personalidade beirava o limite entre a defesa e o ataque
O que deixava em dúvida se ela seria realmente forte ou apenas confusa
Aos poucos, o tempo foi passando
E a máscara começando a cair
As cores das tintas do quadro foram se desmerecendo
A tela foi perdendo seu viço
Confusa e sem força, agarrava-se a uma moldura qualquer
Aquela não era uma obra autêntica, nunca tinha sido
Na ânsia por conquistar cada vez mais admiradores
Conseguiu enganar a muitos por muito tempo
Até começar a perder sua própria identidade
O sinal veio junto com réplicas sem assinatura própria
O desespero em impor suas ideologias a jogaram num labirinto
Já não sabe mais a quem agradar
Já não sabe nem mais qual é seu ideal
As lutas passadas misturaram-se a uma carência que ela sempre tentou renegar
Mas que está ali, disfarçada nas cores de uma palheta guardada
Que ela finge esquecer que existe
Para não ter que nunca pintar o seu verdadeiro quadro
Aquele que mostrará sua vida
Tão cheia de razão, tão vazia de amor”
By Elena Corrêa
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