segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Conversa Com o Silêncio


“Tento ouvir o silêncio
Mas não consigo, é quase impossível
Há sempre um som interrompendo nosso diálogo
São os sons urbanos estalando no asfalto
É o tilintar dos pingos de chuva na janela

Começo então a buscá-lo dentro de mim
Quem sabe assim eu consiga ser ouvida
Tenho tantas coisas a contar a ele

Fatos passados que insistem em permanecer na memória
Acontecimentos presentes que urgem serem preservados
Realizações com encontro já marcado com o futuro

Olhando para trás, o filme não parece ter gênero definido
Há uma miscelânea de cenas de drama, aventura, ação
Como se fossem massas de modelar coloridas misturadas
O azul se confunde com o amarelo, e o resultado não é verde
O preto com o branco, e não surge o cinza

Mirando no agora, o misto de sentimentos não é diferente
Só que agora sei bem em qual bilheteria comprei o ingresso
Não me arrependo do filme que escolhi para viver, e não apenas assistir
E a única coisa que realmente espero é bem simples:
Que a exibição dessa fita não seja interrompida antes de seu fim
Porque eu não pretendo faltar ao encontro já marcado com o futuro...”


By Elena Corrêa

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