E chega aquele momento em que você não está mais se
importando com fatores alheios
Opiniões alienadas de fora, conselhos vazios, críticas sem
consistência
Personagens que nunca foram realmente parceiros, apenas
personagens
Não, não chamo essas coisas de pessoas
Eu me recuso a considerar esse bando alegre de egos
inflamados como pessoas
São coisas, são títulos, são manchetes, são outdoors
São tudo o que alimenta seus egos para se manterem vivos
São donos da verdade mesmo sem nunca terem olhado para o
lado
São donos da mentira enquanto olham para o próprio umbigo
São seres que em função do que já foram um dia tentam disfarçar
o passado
Enfeitam o presente com uma nuvem psicodelicamente atual
E fazem promessas para um futuro ainda encoberto por uma
suposta modernidade repaginada
E não têm a menor capacidade de filtrar o bem do mal
Mas se autodenominam profundos conhecedores de todas as
artes
E não reconhecem que suas vidas continuam vazias
Porque a arte que eles buscam tem a ver com valores
monetários
Perderam o sentido da verdadeira arte: a de amar, a de viver,
a de sentir, a de sonhar
Sentimentos que há muito não fazem parte de seu dicionário
Ou, talvez nunca tenham feito...
.
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