“Era uma pessoa gananciosa, meticulosa, sorrateira
Não era admirada, mas fazia de tudo para se sobressair
Falava alto, arqueava a sobrancelha, revirava os olhos
Fazia de tudo para ser o centro das atenções
Gesticulava de forma estabanada
Fazia malabarismos com as mãos
Sentada, batia o pé no chão freneticamente
Gesticulava de forma estabanada
Fazia malabarismos com as mãos
Sentada, batia o pé no chão freneticamente
Como se tivesse recebido uma entidade
Ria com gargalhadas forçadas
Jurava dominar todos os assuntos
Por isso, desmerecia o que os outros falavam
Vivia cercada de inferiores que se jubilavam com suas caras e bocas
A proximidade de pessoas bem conceituadas a incomodavam
Ria com gargalhadas forçadas
Jurava dominar todos os assuntos
Por isso, desmerecia o que os outros falavam
Vivia cercada de inferiores que se jubilavam com suas caras e bocas
A proximidade de pessoas bem conceituadas a incomodavam
Porque realçavam a diferença
E ela não suportava reconhecer sua inferioridade e falta de caráter
Temia admitir que seu destino fosse chafurdar na lama de uma falsa fama
Engolia o orgulho próprio ferido
Engolia o orgulho próprio ferido
Fingia uma alegria que nunca sentiu
Invejava a felicidade alheia
Era somente na solidão que ela conseguia tirar a máscara
Era somente na solidão que ela conseguia tirar a máscara
O silêncio de seu quarto era o pior juiz de todos os seus atos
E, sem perder a arrogância, ela aguardava sempre pela sentença
Sem perceber que já estava cumprindo sua pena”
By Elena Corrêa
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