“Fim de semana era sinônimo de viagem de carro em família
No banco de trás, a disputa era sempre a mesma entre as três irmãs:
No banco de trás, a disputa era sempre a mesma entre as três irmãs:
Quem vai sentar na janela?
Quem vai sentar no meio?
Não importava, cada uma teria sua vantagem
Ou ver a panorâmica lateral, ou ficar no meio, debruçada entre os dois bancos da frente, de olho na estrada que se descortinava
Claro que ficar na janela, apenas admirando a paisagem, podia parecer mais agradável
Ou ver a panorâmica lateral, ou ficar no meio, debruçada entre os dois bancos da frente, de olho na estrada que se descortinava
Claro que ficar na janela, apenas admirando a paisagem, podia parecer mais agradável
E nem por isso perdia-se totalmente a visão do que viria mais à frente
Já ficar no meio do banco dava uma proximidade maior dos nossos eternos condutores: nossos pais
Já ficar no meio do banco dava uma proximidade maior dos nossos eternos condutores: nossos pais
Como caçula, acabava quase sempre perdendo a disputa pelas janelas
Mas analisando a cena hoje, às vezes acho que ter ficado no meio me ensinou a estar mais preparada para botar sempre o pé na estrada
Já que encarar a realidade de frente é o que nos fortalece
Pois exige de nós mesmos uma força que acabamos tirando sabe Deus de onde...
Pois exige de nós mesmos uma força que acabamos tirando sabe Deus de onde...
E assim seguimos, de vez em quando olhando no retrovisor da memória em busca de lembranças
E a cada nova viagem tentando tirar o melhor de cada lugar que a vida nos oferece”
By Elena Corrêa
(lembrando as viagens que fazia na infância com meus pais e minhas duas irmãs)
Nenhum comentário:
Postar um comentário