sexta-feira, 8 de julho de 2011

Fugas Noturnas



“Cansada de um mundo formado por pessoas planejadas, como se fossem todas filhas de um grande pai-computador, ela resolveu partir

Não queria mais sentir aquele cheiro de traição, não agüentava mais ouvir o som zombeteiro de vozes cínicas carregadas de inveja

Precisava fugir daqueles olhares traiçoeiros e mesquinhos escondidos por trás de olhos curiosos, que refletiam apenas maldade

Aquele ar era fedorento, o barulho era alucinante e a visão, angustiante

Ela estava triste

E não tinha vergonha de ser

Lamentava que a ilusão a tivesse feito ver de todo homem um ser fantasiado

Mas acreditava que um dia deixaria de lado seu eu cético e desencontrado

Deixaria de tentar disfarçar a depressão em que se encontrava

Procuraria de novo seu mundo, sem saber mais qual seria seu lugar nele

Seria aquele onde gargalhadas abafam gemidos de dor?

Ou onde uma cortina de sonhos esconde a realidade?

Mas até quando duraria o sono?”


By Elena Corrêa

 

2 comentários:

  1. Alada, você, como sempre, dando um show à parte com as palavras, hem! ;oD
    Espero que tudo esteja bem e vc sempre com um sorriso aberto!

    Xerinhos
    Paty

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  2. Oi Patyyyy
    Aqui está tudo bem,sim. Melhor agora com sua presença!!! Valeu!!!! Bjs

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